A represa Várzea das Flores, localizada entre Betim e Contagem, chegou, pela segunda vez consecutiva nesta semana, a um nível alarmante. Depois de registrar, nesta segunda-feira (8), 92,3% de sua capacidade total, a represa atingiu, nesta terça (9), 93,8% de seu limite. Diante do risco desse aumento somado ao agravante das chuvas -já que a previsão do tempo aponta mais pancadas ao longo dos próximos dias -, a Prefeitura de Betim, por meio da Procuradoria-Geral do Município, ingressou, no fim da tarde de hoje, com uma petição na Justiça contra a Copasa - concessionária que gerencia a represa. O objetivo do requerimento é fazer com que a estatal adote medidas efetivas de controle do extravasamento de água. 615p4g
De acordo com o procurador-geral do município, Bruno Cypriano, a petição busca garantir que a Copasa cumpra o que já foi solicitado em duas notificações encaminhadas pela Procuradoria à concessionária nos dias 27 de janeiro e 8 de fevereiro.
"A preocupação da prefeitura é, num momento de muita chuva e com os rios já cheios, existir a contribuição da represa para o extravasamento de água, que não é controlado, pois existem somente barreiras físicas no local. Já notificamos a Copasa em duas oportunidades para que adotadasse providências que reduzam o nível da Várzea - isso por meio de um extravasamento controlado, ou seja, com bombas que escoem a água para as calhas nas quais a represa tem seu sistema de segurança", explica.
Com isso, o objetivo é impedir que famílias que vivem no entorno da Várzea, bem como o município, sofram danos decorrentes do extravasamento descontrolado.
Cypriano ressalta ainda que esse procedimento de controle já poderia ter sido realizado nos momentos em que a chuva deu trégua na cidade nos últimos dias, como ontem e boa parte de hoje.
"Solicitamos medida judicial que obrigue a Copasa a tomar as providências citadas em nossas notificações e sobre as quais não recebemos nenhuma resposta. Esperamos um retorno da Justiça já nos próximos dias. Inclusive, já tivemos, no ano ado, essa mesma medida obrigando, também, a Copasa a arcar com os custos da remoção das famílias moradoras do entorno da represa", destaca o procurador-geral.
Cypriano afirma ainda que a Secretaria Adjunta de Segurança Pública, por meio da Defesa Civil, também segue acompanhando a situação diariamente para que, em caso de risco iminente, seja feita a remoção das famílias conforme o plano de contingência, sob custeio da Copasa, conforme decisão judicial que ainda está vigente.
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