As escolas de samba de Belo Horizonte e suas comunidades têm ado por uma situação financeira complicada nesse período de pandemia, sem arrecadações e sem auxílio da prefeitura. Prever hoje desfilar pelas ruas da capital neste ano é praticamente impossível. 93k1s
O presidente da Liga das Escolas de Samba, Márcio Eustáquio, diz que o diálogo com a prefeitura tem sido insuficiente e que, diferente do que tem ocorrido pelo Brasil, nada tem sido feito em BH.
“Existe um diálogo apenas com a Belotur, que não tem sido satisfatório, porque a gente já está com quase um ano de pandemia e a gente não evoluiu, ainda está nas avaliações do carnaval do ano ado. As escola de samba não receberam nenhum tipo de auxílio financeiro, os auxílios que conseguimos foram da Lei Aldir Blanc, que é uma lei federal, mas da prefeitura, especificamente, não recebemos nada. No Rio de Janeiro decidiram não fazer o Carnaval, mas já está publicado uma série de editais para contemplar o público do Carnaval, para que as escolas se mantenham nesse período tão difícil. São Paulo também já começou a pagar o Carnaval, que pode acontecer em 9 de julho se a vacinação for adequada.”
Eustáquio diz que a periferia foi muito afetada pela pandemia e que não houve nenhuma sinalização de ajuda do Executivo. “A falta de possibilidade de fazer qualquer tipo de evento é muito grande, a gente não tem nenhuma perspectiva por conta da pandemia, que afetou muito a periferia, que é quem mais sofre. Desde junho do ano ado a gente disse que não teria condições sanitárias de fazer o desfile por conta da pandemia. A gente está na busca de diálogo, eu já pedi uma audiência com o prefeito Alexandre Kalil para ver se ele nos recebe e se a gente consegue encontrar uma melhor saída para o segmento.”
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informa que segue focada nas ações de combate à pandemia e, por meio da Belotur, tem mantido o diálogo constante com toda a cadeia produtiva do Carnaval.
A nota esclarece acrescenta que, por meio da implementação dos benefícios da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, foram contemplados profissionais e grupos ligados ao Carnaval de Belo Horizonte que foram beneficiados com o total de R$ 657 mil, ainda em 2020. Entre os beneficiados estão blocos e escolas de samba tradicionais das diversas regiões.
A relação com todos os contemplados na Lei Aldir Blanc pode ser ada na página da prefeitura.
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