O papa Francisco faleceu na madrugada desta segunda-feira, 21 de abril de 2025, em sua residência oficial, a Casa Santa Marta, no Vaticano. A informação foi confirmada pelo cardeal Kevin Farrell. O pontífice estava internado há cerca de 40 dias após ser diagnosticado com pneumonia dupla. 635124
Neste último sábado, 19 de abril, o papa fez uma aparição pública na basílica de São Pedro, e no Domingo de Páscoa, 20 de abril, esteve na Praça de São Pedro, onde abençoou os fiéis. Durante sua aparição na praça, Francisco acenou para as milhares de pessoas presentes e fez um apelo aos líderes políticos para que “não cedam à lógica do medo”, mas utilizem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados e combater a fome.
Desde sua juventude, o papa enfrentou diversos problemas respiratórios, incluindo a remoção de parte de um pulmão. Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano a liderar a Igreja Católica, assumindo o cargo em 2013 após a renúncia de Bento XVI.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Ele foi eleito papa em 13 de março de 2013 e adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis. Filho de imigrantes italianos, formou-se em química antes de se dedicar à vida sacerdotal aos 20 anos.
Depois de ingressar no seminário de Villa Devoto e iniciar seu noviciado na Companhia de Jesus em 1958, Bergoglio foi ordenado sacerdote em 1969. Tornou-se bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e arcebispo em 1998. Em 2001, foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II.
Além da vida religiosa, Francisco também se destacou na academia como reitor da Faculdade de São Miguel e obteve doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Durante seu papado, Francisco adotou um discurso mais flexível e é visto como um líder progressista. Ele trabalhou na reestruturação das instituições da Igreja e enfrentou casos de abusos sexuais cometidos por clérigos. Em 2023, ele se reuniu com vítimas desses abusos em Portugal e criticou a resposta da Santa Sé ao escândalo.
Em 2025, o Vaticano aprovou novas diretrizes permitindo que homens gays ingressem nos seminários, desde que vivam a castidade. O comunicado enfatiza que os diretores dos seminários devem avaliar apenas aspectos da personalidade dos candidatos, independentemente da orientação sexual.
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